FILMES QUE JÁ FORAM CONSIDERADOS PERDIDOS - PARTE 3

Hoje, trago mais uma lista com oito filmes que já foram considerados perdidos, mas que milagrosamente tiveram alguma cópia encontrada em algum lugar do mundo.

A Carta (The Letter) (1929)
A versão mais famosa é a que traz Bette Davis no papel da inescrupulosa Leslie Crosbie, sob direção de William Wyler. A versão de 1929, trazia a trágica Jeanne Eagels (já falei sobre ela aqui no blog), em seu último papel, já que a atriz acabaria falecendo pouco depois da realização do filme, nem chegando a colher os elogios por sua atuação. Eagels foi a primeira atriz a receber uma indicação póstuma ao Oscar. Esse é o único filme sobrevivente de Eagels. Os demais são considerados perdidos. Passou anos sendo considerado perdido, até que uma cópia em 35mm foi encontrada, porém sem som nos minutos iniciais. O negativo foi restaurado em 2011.

A Dama das Camélias (Camille) (1926)
Uma das diversas adaptações do livro de Alexandre Dumas Filho, ainda no cinema mudo. Estrelado por Norma Talmadge e Gilbert Roland e dirigido por Fred Niblo, passou anos sendo considerado um filme perdido. Foi encontrada uma cópia em 35mm em agravado estado de decomposição. Por causa disso, faltam diversas cenas e o filme segue incompleto.

O Cão dos Baskervilles (Der Hund von Baskerville) (1914)
Mais uma adaptação envolvendo Sherlock Holmes, personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle, que já foi considerada perdida. Após anos considerado perdido, duas cópias foram encontradas e restauradas. Uma na Rússia e outra na própria Alemanha, país onde o filme foi produzido.

Escravos do Desejo (Of Human Bondage) (1934)
O controverso filme, responsável por lançar Bette Davis ao estrelato, foi produzido pela RKO. O negativo original foi destruído, assim que o Código Hays foi instalado em Hollywood. Graças a censura, passou anos no ostracismo e só foi considerado perdido, quando Kim Novak solicitou uma cópia, na década de 60 e perceberam que não havia mais o negativo original. Posteriormente, foram encontradas cópias ao redor do mundo.

Drácula (1931) (Versão em Espanhol)
No início do cinema sonoro, não existia ainda a dublagem, então era comum os estúdios produzirem versões alternativas de filmes americanos. Foi assim com "Anna Christie", produzido em inglês e alemão e foi assim com "Drácula", produzido em inglês e espanhol. Diferente de "Anna Christie", que trazia Greta Garbo, a estrela principal nas duas versões, "Dracula", trazia Bela Lugosi na versão americana e Carlos Villarías na versão espanhola, além do elenco completamente diferente. Durante o dia era gravada nos estúdios da Universal, a versão americana. Durante a noite a versão espanhola. Foi considerado perdido até a década de 70, quando foi encontrada uma cópia incompleta. Anos mais tarde, foi encontrada uma cópia mais completa em Cuba e o filme foi restaurado e exibido quase em toda sua totalidade.

O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll e Mr. Hyde) (1931)
Estrelada por Fredric March (ganhador do Oscar por esse papel) e Miriam Hopkins, sob direção de Rouben Mamoulian, na Paramount, essa versão teve todos os negativos destruídos, quando a MGM em 1941, decidiu fazer uma nova versão. A MGM comprou os direitos de adaptação, além dos negativos originais. Por temer comparações, o estúdio decidiu destruir todas as cópias conhecidas do filme. No final, a versão produzida em 1941, com Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner, não atingiu o sucesso esperado e anos depois cópias da versão antiga foram descobertas.

À Meia Luz (Gaslight)
Mais um caso em que a MGM ao decidir fazer uma nova versão de um filme, comprou os direitos de adaptação e mandou destruir todas as cópias conhecidas do filme anterior. Em 1944, ao decidir fazer uma nova versão de "Gaslight", a MGM mandou destruir todos os originais. Durante anos, acreditava-se que o filme não havia sobrevivido, até surgirem cópias até então obscuras.

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