DICIONÁRIO RETRÔ - THEDA BARA

Falar ou escrever sobre Theda Bara é sempre emocionante para mim, pois ela foi o meu primeiro contato com o cinema. Lembro-me que tinha 13 anos e por um acaso estava folheando uma revista Nova e me deparei justamente com uma foto dela e me encantei pelo olhar misterioso e ao mesmo tempo terno e doce. Após pesquisar descobri de quem se tratava: Theda Bara, era a dona daquele olhar que me cativou e desse dia em diante um amor nasceu e quando descubro algo novo sobre ela, fico extremamente feliz e emocionado. Hoje decidi homenageá-la escrevendo um pouco sobre sua trajetória e sua importância na história do cinema. Infelizmente Theda como algumas outras atrizes da era silenciosa, são um pouco (ou bastante) esquecidas e desprezadas.
Theda Bara nasceu Theodosia Burr Goodman no dia 29 de julho de 1885 em Cicinnati, Ohio. Seu nome artístico seria um anagrama de "Arab Death" (Morte Árabe), na verdade "Theda" era um apelido de infância e "Bara" era uma abreviação de seu sobrenome materno, Baranger. Theda Bara foi uma das atrizes mais populares do cinema mudo, além de ser considerada um símbolo sexual. Foi a primeira ou uma das primeiras atrizes a receber o termo "Vamp" (mulher considerada predatória, sexy e a frente do seu tempo) e junto com Musidora, uma atriz francesa, popularizou a personalidade "Vamp" nos primeiros anos do cinema mudo e logo foi imitada por diversas atrizes.
Mesmo tendo estrelado diversos filmes, a maioria deles são considerados perdidos, devido a um incêndio no estúdio Fox. "A Fool There Was" é o único filme de Theda completo, de outros filmes como "Cleopatra", para citar um exemplo existem apenas fragmentos, inclusive Theda Bara é considerada a atriz com maior número de filmes perdidos. Bara também é considerada um dos primeiros símbolos sexuais do cinema e segundo pesquisas, na maioria de seus filmes aparecia em trajes transparentes e provocantes. Porém era muito reservada em sua vida particular.
Os estúdios a promoveram como nascida no Egito, filha de uma atriz francesa e de um escultor italiano, tendo passado seus primeiros anos em um deserto do Saara. Chegou a ser chamada de "Serpente do Nilo", aumentando ainda mais a áurea de misticismo ao seu redor. Theda morreu no dia 7 de abril de 1955 aos 69 anos de um câncer de estômago, havia encerrado sua carreira em 1926 após concluir "Madame Mystery".

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2 comentários:

  1. Adorei a postagem!! Muito bom saber mais sobre ela! Também admiro muito a Theda Bara e sempre sinto falta de ver mais sobre ela nos blogs!

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