THEDA BARA E SEUS MAIS FAMOSOS FILMES PERDIDOS

Além de ser considerada um dos primeiros símbolos sexuais do cinema, levando a alcunha de "Vamp", Theda Bara também foi uma das atrizes mais populares e bem pagas da era silenciosa. Seu estilo misterioso e sensual, foi copiado por diversas atrizes. Tanto ela quanto Musidora foram as pioneiras em usarem a sensualidade em seus filmes, interpretando mulheres decididas e sexualmente predadoras. Theda Bara perdia em popularidade apenas para Chaplin e Mary Pickford. Estrelou mais de 40 filmes, na maioria deles fez mulheres misteriosas e sensuais. Tentou ao máximo fugir da alcunha de "mulher fatal". Chegou a interpretar Julieta de Shakespeare. Mas o público queria mesmo era ver seu lado sensual e provocante. Em 1937 um incêndio nos armazéns da Fox destruiu praticamente todo o seu legado. Segundo fontes, existem apenas completos os filmes "The Stain" de 1914, "A Fool There Was" de 1915, "East Lynne" de 1916, "The Unchastened Woman" de 1925 e dois curtas, dentre esses curtas "Madame Mistery", sua penúltima aparição no cinema.
Selecionei abaixo seis famosos filmes perdidos de Theda:

Carmen
Produzido em 1915, foi escrito e dirigido por Raoul Walsh que futuramente seria um dos grandes e famosos diretores de Hollywood. O filme era uma adaptação da novela homônima de 1845.

Romeu e Julieta (Romeo and Juliet) 
Produzido em 1916, foi um dos poucos filmes em que Theda interpreta uma heroína que foge da sensualidade. O filme foi dirigido por J. Gordon Edwards. Foi lançado em homenagem aos 300 anos de morte de Shakespeare e bateu de frente com outra adaptação do romance produzida pela Metro Pictures, no mesmo ano. Ambas adaptações são consideradas perdidas.

A Dama das Camélias (Camille)
O filme produzido em 1917, adaptado da obra de Alexandre Dumas Filho, foi dirigido por J. Gordon Edwards. Mesmo antes da instalação do Código Hays, que censurava filmes, Theda Bara sofreu alguns bruscos cortes em seus filmes. Neste filme, todas as cenas que envolviam jogatina e dinheiro foram sumariamente cortadas. 

Cleópatra
Talvez esse seja o mais "famoso" filme perdido de Theda Bara. Produzido em 1917, foi baseado em uma novela de H. Rider Haggard de 1889 e nas peças "Cleopatra" de Émile Moreau e Victorien Sardou, e "Antony e Cleopatra" de Shakespeare. O filme foi um dos mais bem produzidos e luxuosos da fase silenciosa. Segundo arquivos sobreviventes, o filme custou mais de US $500 milhões de dólares, com 2 mil pessoas na produção. O filme foi um grande sucesso na época. O filme caiu no esquecimento após o Código Hays  o considerar obsceno demais para ser reexibido nos cinemas. Existe apenas um fragmento com cerca de um minuto.

Madame Du Barry
Produzido em 1917, em mais uma parceria entre J. Gordon Edwards na direção e Theda no papel principal. O filme foi baseado em uma novela francesa de Alexandre Dumas. Sofreu também censura, principalmente nas cenas em que haviam guilhotinas.

Salomé
De 1918, produzido por William Fox e sendo dirigido por J. Gordon Edwards. Foi um grande sucesso, mas causou também controvérsias, por não ser tão fiel à história. Edwards chegou a declarar que o filme não se baseava em uma única versão da história, mas sim em um pouco de cada versão existente e afirmou ainda ter usado licença poética.


The She-Devil
Produzido em 1918, foi mais um dos 22 filmes em que J. Gordon Edwards dirigiu Theda Bara. Este filme marca o fim da parceria entre Theda e Alan Roscoe que frequentemente fazia par romântico com ela. Ao todo fizeram seis filmes juntos. O primeiro foi Camille em 1917.

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