Technicolor é um processo inventado em 1916 e consiste em dar cor aos filmes. No decorrer das décadas seguintes foi se aperfeiçoando, atingindo seu ápice nas décadas de 50 e 60. Tinha como característica o uso de cores fortes e saturadas, mas no início ainda nas décadas de 10 e 20, consistia em cores mais neutras e pasteis. A marca foi registrada para uma série de processo de imagens a cores em movimento, desenvolvidas por Technicolor Motion Picture Corporation, fundada em Boston em 1914, por Herbert Kalmus, Daniel Geada Comstock e W. Burton Wescott e contou com a ajuda da ex-mulher de Kalmus, Natalie que fiscalizava todos os filmes feitos pelos estúdios.
The Toll of the Sea |
Os primeiros filmes mudos eram muitas vezes exibidos com frames pintados a mão, em alguns processos mais antigos, cópias de filmes preto e branco, foram projetadas através de filtros de cor. Quando tornou-se possível armazenar cor no próprio filme, a Technicolor se destacou da concorrência, ao desenvolver um processo adequado para os estúdios. Inicialmente o processo registrava apenas combinações de vermelho e verde, o "duas tiras", o laranja reagia bem ao processo, enquanto o roxo era uma mancha marrom.
Os Crimes do Museu - Mystery of the Wax Museum |
O processo limitado a duas cores foi posto em teste com o filme "The Toll of the Sea" de 1922 com Anna May Wong. Ambientado na China e baseado em "Madame Butterfly", o filme foi um grande sucesso de bilheteria. Em 1930 com o filme "Follow Thru" o processo já estava encaminhando para um aspecto mais concreto. Durante 1922 e 1937 mais de 300 filmes aderiram a nova tecnologia, alguns filmes em sua totalidade, enquanto outros, apenas em algumas sequências específicas.
Em 1932 com um curta metragem da Disney, a Technicolor testou o procedimento de ciano, magenta e amarelo, o processo de "três tiras". O primeiro filme a utilizar esse novo recurso foi "Bechy Sharp" (Vaidade e Beleza) em 1935. A Technicolor em si participou da criação de todos os filmes das décadas de 20 até 50, oferecendo no pacote de serviço, um consultor de cores e um cinegrafista.
Os experimentos envolviam uma película que filmava em três cores, em uma câmera de três elementos. A luz era projetada nas cores primárias, dava ênfase aos tons brilhantes, fazendo com que a impressão de cor fosse real, mas nem sempre foi assim. Antes de chegarem a esse processo, houve testes bastantes desastrosos, alguns uniam de dois a três negativos e acabavam rompendo-se, ou por serem tão grossos, acabavam danificando os aparelhos de projeção.
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Narciso Negro - Black Narcissus |
Você se esqueceu do "The Pirate", um filme muito belo dirigido pelo Minnelli e sua então esposa, Judy Garland no papel principal.
ResponderExcluirParabéns, o blog é maravilhoso. Estou prrdido há algum tempo lendo os seus artigos! Muito obrigado pelo material de excelente qualidade e desenvolvido com tanto zelo e cuidado.
Abracos.
Rafael tens razão. É tanto filme lindo que a gente acaba se esquecendo de alguns. Vou planejar algo com "The Pirate" que é um dos musicais que amo forte. Obrigado pelo feedback e pelos elogios, fiquei muito feliz.
ExcluirApareça sempre.
Abraços
uma invenção que ate os dias de hoje é de tirar o chapeu, a luz é dividida em um prisma que reparte em 3 rolos de filmes branco e preto simultaneamente dando as cores primarias, isso é incrivel., e a imagem e a cor ate hoje é insuperavel nesses filmes.
ResponderExcluirTambém faltou falar do filme King Of jazz longa músical de 1930 gravado em Technicolor de duas cores e recentemente ele foi remasterizado em 4k completo
ResponderExcluirObrigada!
ResponderExcluirLembremos da série Star Trek Classic, filmada em Technicolor! A suadeira dos atores e a abundância de sombras é visível graças a quente e intensa luz da filmadora!
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