AS VERSÕES DE NASCE UMA ESTRELA (A STAR IS BORN)

 

Recontada diversas vezes no cinema e com diversas modificações em alguns elementos, a história principal de "Nasce uma Estrela" permanece a mesma: uma mulher possui o sonho de ser famosa, é descoberta, mas seu sonho é ameaçado ao viver um relacionamento com um homem tóxico e autodestrutivo. De Janet Gaynor na década de 30 até Lady Gaga nos últimos tempos, a história prova que ainda possui um fascínio e que pode ser refeita mais vezes futuramente.

Hollywood (What a Price Hollywood?) - O Precursor Esquecido
Produzido em 1932, durante o Pre-Code e dirigido por George Cukor, esse foi o primeiro filme a trazer uma história semelhante às versões de "Nasce Uma Estrela", foi protagonizado por Constance Bennett, uma das atrizes mais populares (e hoje não tão lembrada) da década de 30. No filme, a personagem feminina é uma garçonete que deseja ser uma atriz de sucesso e acaba envolvendo-se com um homem autodestrutivo. O roteiro do filme é baseado vagamente na experiência matrimonial entre a atriz Collen Moore e  John McCormick, produtor de cinema e alcóolatra. O filme baseia-se também na vida do diretor do cinema mudo Tom Forman, que cometeu suicídio após um colapso nervoso. Produzido por David O. Selznick, foi um dos primeiros filmes a mostrar o outro lado de Hollywood. 


A versão de 1937
Dirigida por William A. Wellman, conhecido por dirigir "Asas" (Wings) primeiro filme a ganhar o Oscar, contou com a produção de David O. Selznick, o que só faz alimentar as suspeitas de que a história de "What a Price Hollywood?" foi readaptada de forma não oficial. As coincidências foram tantas que a RKO estúdio que produziu "What a Price...", cogitou processar a produtora de Selznick, mas acabaram desistindo. Cukor chegou a ser convidado para dirigir esse filme, mas recusou o convite por achar o roteiro muito parecido com o filme que havia dirigido. Ele dirigiria a próxima versão, estrelada por Judy Garland. Esta versão conta com Janet Gaynor e Fredric March nos papéis principais. Ironicamente ganhou um Oscar na categoria de Melhor História Original e foi indicado a outras 6 categorias, entre elas melhor ator, atriz e diretor. 


A versão de 1954
Foi o primeiro filme de Judy Garland após deixar a MGM. George Cukor só aceitou dirigir o filme, quando soube que ele seria transformado em um musical, seria filmado à cores (até então ele só havia feito filmes em preto e branco) e seria estrelado por Judy Garland. Judy já havia retratado Vicki Lester em uma adaptação radiofônica da história em 1942. No filme, ela atuou com muita garra a determinação sendo indicada ao Oscar de Melhor Atriz, sendo a favorita do público, porém acabou perdendo para Grace Kelly em "Amar é Sofrer" (The Country Girl), essa é considerada uma das maiores injustiças do Oscar. Apesar de sua enorme popularidade o filme não conseguiu cobrir o custo de sua produção. James Mason interpreta o papel masculino, sendo também indicado ao Oscar.


A versão de 1976
Dirigida por Frank Pierson, essa versão possui algumas diferenças das versões anteriores: a protagonista chama-se Esther, o personagem masculino é um cantor que entra em declínio pelo uso de drogas e consumo de bebidas. O cenário muda completamente: dos bastidores de Hollywood para os bastidores musicais.  Para o papel masculino chegaram a cogitar os nomes de Elvis Presley e Marlon Brando, Kris Kristofferson ficou com o papel. Barbra Streisand além de protagonizar foi também uma das produtoras do filme. Ganhou um Oscar de Canção Original: "Evergreen" interpretada pela própria Streisand.


A versão de 2018
Dirigido, escrito e protagonizado por Bradley Cooper, essa versão traz Lady Gaga no papel principal feminino, aqui a personagem chama-se Amy. Durante a pré-produção do filme, houve rumores de que o papel feminino seria interpretado por Beyoncé, rumor esse desmentido pelo próprio Cooper que mencionou desejar Lady Gaga no papel. Lady Gaga porém, demorou um certo tempo para aceitar fazer o filme. O filme tornou-se um sucesso e Lady Gaga que até então, despertara inseguranças dos críticos a respeito de conseguir segurar uma protagonista de filme, saiu aclamada. Outro rumor que surgiu foi o de Clint Eastwood estar interessado em produzir uma nova versão de "Nasce Uma Estrela" com Beyoncé no papel principal. 

A obscura versão televisiva
Em 1951, foi produzida uma versão televisiva dentro da série "Robert Montgomery Presents", a série como o nome sugere, era apresentada pelo ator Robert Montgomery que atuava como um anfitrião. Os papéis principais foram interpretados por Kathleen Crowley e Conrad Nagel. A transmissão ocorreu em 12 de fevereiro de 1951.

1 Comentários

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  1. Vi o da Garland e o do Cooper. Sem desprezar o primiro, Cooper foi genial como cantor, ator ,rpoterista e diretor. Maravilhoso. Nessa historia sou mais ligada no personagem masculino.

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