CINEMATECA - FRANCES

Hoje trazemos em nossa coluna, um dos filmes biográficos mais marcantes dos anos 80: Frances, que relata a conturbada vida da atriz de cinema Frances Farmer. Antes de falarmos sobre o filme, farei um breve resumo sobre a vida dessa fantástica e injustamente esquecida atriz.
Aos 17 anos, Frances venceu um concurso literário realizado por um jornal em Seattle. Escreveu um ensaio sobre a morte de Deus, intitulado "God Dies", onde questionava a existência de um Deus, que permite que a injustiça e a impunidade existissem no mundo. O artigo em si causou um escândalo, mas mesmo assim Frances levou o prêmio.
Mais tarde se interessou em representar, começou a ler dramaturgia e ambicionou ser uma atriz de teatro. Conseguiu entrar na comunidade do Teatro e venceu um concurso de talentos. Após uma polêmica viagem à Rússia, que foi manchete de jornais, pois cogitavam que ela poderia ser aliciada pelos russos, para o Comunismo, Frances conseguiu chamar a atenção de Hollywood, assinando um contrato de sete anos com a Paramount. Porém o sistema de Hollywood não seria nada daquilo que Frances sonhara para si: tentaram transformá-la em uma estrela glamourizada, fator que ela sempre quis evitar, pois queria no fundo ser reconhecida pelo seu talento e não por sua beleza. Após atuar em filmes sem nenhum conteúdo, Frances começou aquilo que seria um dos pontos mais altos de sua vida: iniciou um rebelde esquema contra o estúdio, porém acabou se saindo prejudicada, com fama de difícil, louca e descontrolada. Além de ter a própria mãe como causadora de vários dos seus conflitos profissionais.
Após várias situações que iriam desde problemas com bebidas a ataques de raiva súbita, todos noticiados com grande sensacionalismo pelos jornais, Frances Farmer acabou sendo colocada em vários institutos psiquiátricos para tratamento. Dizem que sofreu diversas atrocidades. Em 1950, Frances finalmente se libertaria das atrocidades cometidas nas clínicas psiquiátricas e voltaria aos teatros. Faria pequenas participações em shows televisivos, chegando a ter seu próprio show televisivo entre os anos de 1958 a 1964. Chegou a se casar três vezes, porém não teve filhos. Frances acabou falecendo no dia 1º de agosto de 1970 aos 56 anos de câncer de esôfago.
O filme "Frances" foi realizado em 1982 e conta um pouco sobre a vida de Frances Farmer, principalmente os turbulentos anos nas clínicas psiquiátricas e o seu retorno a vida normal. Foi estrelado por Jessica Lange no papel título, Kim Stanley e Sam Shepard. Foi dirigido por Graeme Clifford. Um dos roteiristas foi Nicholas Kazan, filho do diretor Elia Kazan. Mel Brooks era o produtor executivo do filme, porém não foi creditado.
Várias atrizes foram consideradas para o papel principal, entre elas Diane Keaton, Goldie Hawn, Jane Fonda, Sissy Spacek e Tuesday Weld. Jessica Lange que vinha de dois sucessos seguidos: o remake de "The Postman Always Rings Twice" ao lado de Jack Nicholson e "Tootsie" ao lado de Dustin Hoffman, onde ganhou um Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, acabou sendo escolhida para o papel. Durante as filmagens Jessica e Sam Shepard, se apaixonaram e acabaram se casando, o casamento durou até 2009 e tiveram dois filhos. O roteiro do filme em alguns casos é considerado ficcional e sensacionalista, um dos exemplos é a lobotomia que muitos afirmam que Frances nunca foi submetida. O filme foi nomeado ao Oscar, nas categorias Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, No 13º Festival Internacional de Cinema em Moscou, Lange ganhou o prêmio de Melhor Atriz.

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