Asta Nielsen, foi uma das maiores estrelas do cinema mudo do seu tempo. Nascida na Dinamarca, firmou-se no cinema alemão pré-nazista, onde sua fama era grande, ao ponto de ser chamada de "Die Asta" (algo como "A Asta" ou "A Grande Asta"). Sua primeira aparição cinematográfica ocorreu em 1910. Sua performance flertava com o erotismo e isso chamou a atenção do público e da crítica. Durante toda sua carreira, Asta sofreu com a censura de seus filmes nos Estados Unidos.
Mesmo barrada por lá, Asta conseguiria firmar sua carreira no cinema mudo. A maquiagem negra em torno dos seus olhos, era uma das suas características mais marcantes. Em 1914, já era chamada pela alcunha "Die Asta". Durante a ascensão de sua carreira, chegou a abrir seu próprio estúdio na Alemanha, na década de 20. Chegou a ter perfumes e cigarros vendidos com seu nome. Mesmo com a Primeira Guerra Mundial, manteve sua carreira em alta.
As pessoas iam para os cinemas verem suas performances. Em 1921, fez o seu projeto mais audacioso e memorável: uma adaptação de "Hamlet" de William Shakespeare. O filme produzido pelo estúdio de Asta, ousou ao abordar a história clássica de forma diferente: nesta versão Hamlet era uma mulher que se disfarçava de homem. Com a ascensão do Nazismo, Asta decidiu abandonar o cinema alemão. Faria em 1932, seu único filme sonoro.
Mesmo afastada do cinema, recebeu convites de Hitler para fazer filmes nazistas. Recusou o convite e deixou a Alemanha, retornando para a Dinamarca. Ajudou os judeus, contribuindo com dinheiro para envio de comida para os campos de concentração. Após seu afastamento das telas, se dedicou a escrever sobre arte e política e publicou sua autobiografia, dividida em dois volumes. Em 1970, aos 88 anos quebrava mais uma barreira, ao decidir casar-se mais uma vez. Faleceu aos 90 anos em 25 de maio de 1972.
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