O EXPRESSIONISMO ALEMÃO NO CINEMA

O Expressionismo Alemão, foi um movimento cinematográfico, cujo auge aconteceu na década de 20. A maneira mais fácil de reconhecê-lo é pela maneira em que cenários e personagens são distorcidos através da maquiagem, fotografia e de outros elementos, expressando a maneira como os realizadores viam o mundo. A principal evidência do movimento Expressionista ocorreu no cinema. Mas antes da década de 20, o Expressionismo já atingia outras áreas como pintura, arquitetura, escultura, poesia entre outros. No campo pintura um dos maiores nomes foi Van Gogh.
O Expressionismo pode ser considerado uma fusão entre o pessimismo e o cenário encontrado no país no período após a guerra, entre os anos 1914 e 1918. O Expressionismo chegou a influenciar outros países, durante as décadas de 20 e 30. Um dos países que adotaram esse movimento foram os Estados Unidos, pelo fato de um bom número de profissionais do cinema alemão terem fugido para lá, devido ao Regime Nazista. Com isso os alemães transpuseram alguns elementos expressionistas nos filmes americanos.
Fritz Lang, um dos principais nomes do movimento, apresentava seus filmes de uma maneira mais impactante. As características de seus filmes incluem um certo exagero na representação dos atores, cenários sombrios, contraste entre luz e trevas e fotografia recortada. Outro grande diretor desse movimento é Friedrich Whielm Murnau, que buscava dar aos seus filmes um tom mais realista e objetivo. "Metropolis" (1927) de Lang, "O Gabinete do Dr. Caligari" (Das Cabinet des Dr. Caligari) (1919) de Robert Wiene e "Nosferatu" (1922) de Murnau, são os maiores filmes desse movimento, influenciando os filmes posteriores, com temas sombrios e de mistério, personagens bizarros e uma realidade totalmente distorcida, assim como a maquiagem. A iluminação era especial e em conjunto com a maquiagem exagerada, transformavam os rostos dos atores e atrizes em uma espécie de "máscara". Tal construção poderia causar um resultado caricato ou grotesco.
O primeiro filme do movimento foi "Outro" (Der Andere) em 1913, considerado também o primeiro filme psicanalista do cinema. No mesmo período temos "O Estudante de Praga" (Der Student von Prag), um dos principais filmes do movimento, que seria regravado em 1926.
As principais características da narrativa são: Caos e descontinuidade, ausência da noção do tempo e espaço e realismo expressionista com questões psicológicas e sociais.
As principais características estéticas são: Contraste entre luz e sombras, maquiagem pesada, uma importância maior à cenografia, do que à montagem, cenários irreais (Caligarismo), câmeras lentas, duplas exposições: simples ou múltiplas, cenários estilizados e deformados e ambientes naturais.
O Caligarismo é um termo vindo do filme "O Gabinete do Dr. Caligari" e consiste em cenários ou maquiagens deformados e estilizados. Geralmente os filmes expressionistas em sua maioria possuíam baixo orçamento, sendo gravados em estúdios, com cenários tortos e deformados, na maioria escuros e sombrios. A deformidade atingia além da maquiagem e cenário, também os figurinos, dando um ar teatral aos filmes. O Expressionismo Alemão teve seu fim decretado em meados de 1933, com a chegada de Hitler ao poder na Alemanha. Hitler além de acabar com o movimento, transformou o cinema alemão em um meio de propaganda nazista. Com isso muitos diretores, atores e atrizes, rumaram para os Estados Unidos e contribuíram para o cinema americano. Graças ao Expressionismo, surgiram os filmes noir, os filmes de terror e os de suspense.
Em breve um post com 12 filmes do Expressionismo Alemão. Aguardem.
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